Um poema qualquer roubado da vida


Nunca me deram valor
Nunca te deram amor
Nunca me estenderam a mão
Nunca te abrigaram em um coração
Nunca me fizeram uma canção
Nunca te negarão um beijo
Nunca me fizeram companhia
Nunca te deixaram confusa

Quero o troco de tudo o que dei
Não sei o quanto valho
Sempre me deram amor
E eu só queria atenção

Vou sair, vou pichar o muro da sua casa
Vou me dedicar aos meus erros
Me especializar no que faço de melhor
Vou magoar meu pulsador constante

Não quero lidar com pessoas
Vou me esconder, esquecer o que fui
Quero rasgar a camisa
Tatuar minha dor com egoísmo

Eu sei que a vida é curta
Sei que sou frágil

Um papel dobrado, rasgado
Um rascunho de Deus

A saudade que sinto
É bem maior que a dor no meu peito
Uma mistura de todo o sinto
Uma solução homogênea

Acordei sem saber o que sou
Sem saber cadê você
Queria acordar em paz
Com você do meu lado

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