Ponto final


Há boatos de que minhas poesias
Já não me pertencem
Se é que já foram de meus pertences
Pessoais ou impessoais

Minha alma vincula com cada verso
Universos de galáxias de confusões
A posse não é verbo para ser conjugada
Infinitos de meus e seus, minhas e suas

O tempo gasto em um poema mal fundamentado
Também deixou de me pertencer
Tenho pontos, só pontos, uma infinidade deles
Faço deles, então, o que quiser, ponto final.

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